sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Viva a Revolução Industrial

Mais uma bela tira do Ryot IRAS.




Enjoy :]

Voltaire - The Industrial Revolution (and how it ruined my life) 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Resposta a: Adultescência do Piercing the Heavens...

Eu e minha mania de escrever muito [ainda bem], num comentário a um post no blog de um amigo, recomendadíssimo por sinal, a resposta ficou tão grande que reparei que dava um post.

O post está nesse Link: http://migre.me/1cwDM

Abaixo segue minha resposta:

Eu acredito que as pessoas hoje tenha mais dificuldade em encontrar a sua verdadeira vontade.
As pessoas estão tão atarefadas, preocupadas e stressadas com tudo que não conseguem mais parar e pensar/refletir... Quantas pessoas você vê por ai que se preocupam em ler ou estudar um pouco de filosofia, tentar compreender melhor como "funciona" "a vida, o universo e tudo mais...", as pessoas estão demasiada preocupadas com seus problemas e com o que vão fazer/comer para o jantar...

Como você disse:
"Vivemos em uma época onde tudo é mais fácil, temos mais liberdade, mais acesso a informação"
O problema todo é,
sendo tudo mais fácil, será que não nos deixa mais preguiçosos e acomodados;
será que sabemos lidar com tanta liberdade;
e o maior e mais fácil acesso a informação, será que é bem utilizado;

Bom certamente existem pessoas que conseguem tirar o melhor proveito de tudo isso, ou pelo menos, de algumas delas.. Mas com certeza não é a maioria absoluta da humanidade.

Tem um trecho lindo em "Waking Life":
[Acrescentei aqui uma frase que tinha ficado faltando no comentário original]

"No mundo existem dois tipos de pessoas.
Os que sofrem da falta de vida e os que sorem da abundância excessiva de vida. Eu sempre me achei na segunda categoria. Quando você vem para pensar sobre isso, quase todos os comportamentos humanos e actividade não é, no essencial, diferente do comportamento animal. O mais avançadas tecnologias e artesanato nos trazem, no máximo, até o nível de super-chimpanzé. Na verdade, o hiato entre Platão ou Nietzsche e o humano mediano é maior do que o que há entre o chimpanzé e o humano mediano.
O reino do verdadeiro espírito, o artista verdadeiro, o santo, o filósofo, é raramente alcançado.
Por que tão poucos? Por que a História e a evolução não são histórias de progresso, mas uma interminável e fútil adição de zeros? Nenhum valor maior se desenvolveu. Ora, os gregos, há 3000 anos, eram tão avançados quanto somos hoje.
Quais são as barreiras que impedem as pessoas de alcançarem, minimamente, o seu verdadeiro potencial?
A resposta pra isso pode ser encontrada em outra pergunta, que é: Qual é a característica humana mais universal? O medo, ou a preguiça ? "


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Acrescentando um pouco mais ao comentário original:
"A vida não é só ganhar dinheiro rápido nem ter sucesso profissional precoce."

A vida foi feita pra ser vivida;
Citando novamente "Waking Life": "A vida compreendida é a vida vivida."

Não se deve viver para trabalhar e sim trabalhar para viver, trabalhar para ganhar no mínimo o seu sustento, claro que se sobrar para o seu lazer é o ideal, mas de nada adianta sobrar dinheiro para se gastar com você ou seu lazer se não se tem tempo livre, pois o trabalho o consume por completo.
Vide o vídeo "A História das Coisas", que mostra que os americanos gastam a maior parte do seu pouquíssimo tempo livre, assistindo TV ou fazendo compras [falei de americanos pois o vídeo é baseado em dados americanos, mas nos não somos muito diferentes disso].
A TV só faz com que você se sinta ainda mais infeliz, lhe tacando uma bomba de comerciais lhe dizendo como você deve se vestir, o que você deve comer, dizendo que você está errado que aquilo é o certo, daí você vai as compras gastar todo seu dinheiro de rapaz trabalhador, muitas vezes com o que não precisa, para poder tentar estar um pouco mais "certo" pra sociedade, e pra tentar lhe deixar um pouo mais feliz, pois você realmente acredita que comprando isso vai lhe ajudar a melhorar e no final das contas vai querer comprar mais, só que pra isso precisa trabalhar mais, que vai lhe deixar mais infeliz, que faz com que queira comprar mais e entra num ciclo... ciclo esse que é absurdamente difícil de se desgarrar.

Ainda baseado em "A História das coisas";
Nos nunca trabalhamos tanto [segundo analistas nos trabalhamos tanto quanto na era feudal] e nunca fomos tão infelizes, a felicidade teve um pico na década de 50, coincidentemente foi a mesma época onde se teve a febre consumista, desde então ela só veio a cair, será que é porque gastamos tanto tempo trabalhando para consumir, acumulamos um bocado de coisas, muitas que não precisamos e esquecemos das coisas verdadeiramente importantes da vida, amigos, família, tempo livre... já reparou o quão difícil é hoje em dia conseguir viajar, seja com família ou com amigos, ou simplesmente marcar um dia para sair com alguém, ou com amigos... na maioria você tem que marcar domingo e provavelmente ainda terá algumas pessoas que não poderão ir, estamos tão atarefados que nem temos tempo pra perceber o quão estamos.

Pra terminar com Tyler Durden: "As coisas que você possui, acabam possuindo você."

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu, Robô



Um livro do génio Isaac Asimov, pai da ficção científica, inventor das 3 leis da robótica.

1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.

2ª lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.

3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.

Antes de mais nada... Não, o livro não tem nada a ver com o filme.

O livro inteiro é uma entrevista com uma "robô-psicóloga", Susan Calvin, que "ironicamente" tem comportamento frio e seco como um robô, nos conta 9 histórias a respeito de situações inusitadas, onde se tem um robôs problemáticos, análises das as 3 leis em situações diversas,robôs "especiais" como um que consegue ler mentes, casos em que os robôs comportam-se como se estivessem, equivalente em termos humanos, "bêbados" ou "doentes".
Leitura altamente recomendada para quem gosta do género, não só aborda o comportamento dos robôs mas também analisa os humanos, como resolvem esses problemas e seus comportamentos perante as situações, seus pré-conceitos iniciais aos robôs, ética, entre outros casos que mais parecem puzzle de lógica.
Ao mesmo tempo, se tem um parâmetro geral do desenvolvimentos dos robôs ao longo dos anos.
"(...)Vi tudo desde o começo, quando os pobres robôs não podiam falar até o fim, quando servem como baluartes, postados entre a humanidade e a destruição(...)"
Trecho retirado da última página do livro.

Os contos são esses:

1. Robbie
2. Brincando de Pique
3. Razão
4. Pegue aquele coelho!
5. Mentiroso!
6. Pobre Robô perdido
7. Fuga!
8. Prova
9. O Conflito Evitável

"Os robôs são uma raça mais limpa e melhor do que a nossa."
Susan Calvin

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Passeio Socrático

Salve,
É eu sei, muito tempo que não escrevo nada, realmente ando sem muita criatividade. Nos últimos dias ando lendo muito mais do que escrevendo, depois que terminar algumas leituras posto algo sobre os livro.

Bem, ontem [22/08/2010], fui fazer uma prova para professores de matemática, concorrendo a uma vaga na prefeitura do Rio. Um comentário rápido sobre a prova, estava um saco.... Sério, pra que tanta conta desnecessária ? Será que eles não deduzem que uma pessoa formada em matemática, com certeza sabe fazer conta ? Pra que ficar "testando" isso ? porque não colocar questões onde a analise crítica do problema, onde um "estalo", uma observação, ou até mesmo conhecimento puro sobre um determinado assunto é mais valioso que simplesmente fazer continhas. Tá claro que a prova não tinha só continhas, e estava até difícil a prova [chutei 7/35 de matemática], mas o que me revoltou foi o grande número de questões onde se precisava ficar fazendo continhas e mais continhas, que desgastavam o candidato [pelo menos a mim desgasta] e o fazia perder tempo em uma questão.

Em fim, o objetivo do post não é esse, apesar de ter a ver com a prova.
Na parte de português da prova, logo no primeiro texto, me surpreendi com a qualidade do texto que eles colocaram. Um texto com conteúdo e crítica ao estilo de vida moderno, que cutuca e provoca em cada ponto chave de maneira simples e genial.

Segue abaixo o texto completo, enjoy.

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PASSEIO SOCRÁTICO
Frei Betto

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos dependurados em telefones celulares; mostravam-se preocupados, ansiosos e, na lanchonete, comiam mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, muitos demonstravam um apetite voraz. Aquilo me fez refletir: Qual dos dois modelos produz felicidade? O dos monges ou o dos executivos?

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: “Não foi à aula?” Ela respondeu: “Não; minha aula é à tarde”. Comemorei: “Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir um pouco mais”. “Não”, ela retrucou, “tenho tanta coisa de manhã...” “Que tanta coisa?”, indaguei. “Aulas de inglês, balé, pintura, piscina”, e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: “Que pena, a Daniela não disse: ‘Tenho aula de meditação!’”

A sociedade na qual vivemos constrói super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas muitos são emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram que, agora, mais importante que o QI (Quociente Intelectual), é a IE (Inteligência Emocional). Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!

Uma próspera cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: “Como estava o defunto?”. “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!” Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi nho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais…

A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é ‘entretenimento’; domingo, então, é o dia nacional da imbecilidade coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: “Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!” O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma su gestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globocolonizador, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer de uma cadeia transnacional de sanduíches saturados de gordura…

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: “Estou apenas fazendo um passeio socrático.” Diante de seus olhares espantados, explico: “Sócrates, filósofo grego, que morreu no ano 399 antes de Cristo, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.”



Frei Betto é escritor, autor do romance “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros.

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Pra quem gostou do texto e quiser ler outros textos do mesmo autor, ele foi retirado deste link:

http://www.freibetto.org/index.php/artigos/73-passeio-socratico

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vida Marinha

Estou a um tempo sem postar, mas é porque não ando me revoltando com nada ultimamente e nem tenho tido boas discussões pra me dar ideias.
Mas essa tira do RyotIRAS foi linda de mais, precisava colocar aqui.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ódio a TV



Já reparou que na TV aberta é absurdamente raro se ter um programa que preste ?

São só programas banais, como novelas, "casos de família", programas de fofocas, entre outros.

As novelas podem ser do tipo:
Divertida, normalmente com um roteiro pobre, que muitas vezes chega a querer chamar a gente de idiotas, com situações que não costumam ter graça nenhuma, costumam ser curtas e não dão lá muita audiência;
Melodepressivas, apelam pro emocional, relacionamentos complicados, traições, problemas familiares, tragédias, tudo que o povo quer.

Se não forem de nenhum dos dois tipos, não vai dar audiência e vai sair do ar bem rápido, porque não faz o gosto do povão ou porque é tão ruim que nem o povão aceita.

Programas do tipo "casos de família", fofocas, são desprezíveis, eles simplesmente vive em função da vida alheia. Como o povo ama uma fofoca e falar da vida dos outros esses programas sempre tem audiência e lotam a sua televisão a tarde onde se concentra o maior número de pessoas que não tem nada pra fazer em casa.
Se as pessoas cuidassem mais das suas vidas ao invés de ficar tomando conta da vida dos outros elas conseguiriam resolver seus problemas e também dariam paz pra outras resolverem os delas.
Sem falar em BBB que é um dos programas mais assistidos pelos brasileiros e que simplesmente fala sobre o que... fofoca e vida alheia, as pessoas não conseguem nem viver a vida delas, não sabem nem tomar decisões por elas mesmas, tem medo de fazer qualquer coisa que saia da rotina mesmo que vá melhorar a sua vida, não arriscam nada, mas fazem questão de se intrometer na vida dos outros pra dar palpite de como ela deve levar a vida dela.

Quando não novelas temos os programas de "humor" como, A Praça é Nossa, Zorra Total, todos esses que são copias da Escolinha do Professor Raimundo, Programa do Didi e por ai vai, que não passa de um humor medíocre que é uma afronta para o intelecto do ser humano. Isso quando eles não confundem humor com apelação sexual, ou seja na verdade eles fazem qualquer merda que chame atenção do povão. Quem assiste a essas bostas são pessoas babacas com o mínimo de intelecto possível que ficam babando pra qualquer bunda que apareça na frente deles como cachorros olhando pro frango rodando na padaria.

Ou então se fala de futebol o tempo todo. Acho um absurdo tremendo, em pleno jornal nacional se falar de futebol, como podem... vai ter um programa que vai falar só disso logo em seguida, tem a necessidade de falar sobre no jornal ? Ainda mais com essa maldita copa do mundo acontecendo, eu desisti de assistir jornal até essa merda acabar, são blocos inteiros falando só de futebol, copa e África. Não consigo aceitar que um país considere futebol mais importante que informação.
Sem nem falar o quanto de informação a/o TV/jornal manipula, eles são completos formadores de opinião. Quando se tem algo que pra eles não será favorável não é divulgado, como leis por exemplo, agora quando tem alguma coisa que pra eles é lucro ser divulgada, passam a todo instante, fazem campanhas, show beneficente em prol dessa "causa" que eles dizem defender e vestir a camisa mas no fundo é tudo jogo de interesses. Sem contar também no quanto de informação é manipulada/distorcida por conta da estatística, que ódio eu tenho de estatística, ela consegue desvirtuar a ideia da informação sem mentir. Como disse Pitigrilli "Estatística: a ciência que diz que se eu comi um frango e tu não comeste nenhum, teremos comido, em média, meio frango cada um."



Mas fazer o que ? É isso que o povo quer, eles querem é lucro, audiência, pra que se preocupar querendo passar programas que acrescentem algo pro povo quando o povo quer é banalidades, fofoca e futebol, vamos dar ao povo o que eles querem...



Quem disse que "a gente não quer só comida; a gente quer comida, diversão e arte.", a maioria prefere viver na ignorância, enquanto não investirem em educação e fazer com que o povo se torne mais consciente e acabe com essa maioria absoluta de zumbis, inconscientes da própria vida, vamos continuar vivendo na política do "pão e circo".
Enquanto eles receberem a bolsa esmola, tivrem o restaurante popular e ter futebol eles estão felizes, fazer o que, gado se contenta com pouco mesmo, desde que tenha um pasto verde pra ele pastar tá ótimo, ele não sabe que vai ser abatido depois mesmo, como dizem "a ignorância é uma bênção"

Arte, programas culturais, com conteúdo para o melhoramento das pessoas, críticas a sociedade, praticamente não se vê. Só o que se tem é isso, essa infinidade de adições de zeros inúteis e fúteis a sua vida... e porque a TV é assim ? porque você assiste, você que assiste a essas merdas que nutre tudo isso, quando as pessoas pararem de assistir qualquer coisa, começarão a fazer programas descentes, se você assiste a essas merdas e reclama dos programas, para de assistir porra, desliga a TV vai fazer algo de útil cassete, enquanto você assistir e nutrir, isso nunca deixará de existir.



E o pior que nem com a TV lhe obrigando/intimando as pessoas vão, elas insistem em nutrir isso... se você for assim, faz o favor de morrer.

Só pra constar, me referi a TV aberta a todo momento, TV fechada ainda tem algumas coisas boas, mesmo que também sejam poucas, mas na aberta é algo quase em extinção. E a todo momento que falei pessoas/povo/povão estou me referindo aos zumbis.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A verdade sobre a verdade

O que é a verdade? Quantas vezes já acreditamos em coisas que mais tarde descobrimos serem bem diferentes daquilo que pensávamos? Quantas vezes a "ciência" nos provou por meio de estudos e experimentos "científicos" que certas coisas seriam improváveis e até impossíveis de acontecer e errou?
Não é preciso se esforçar muito para lembrar de fatos como o ocorrido na década de 30, no qual um notável físico da época provou por meio de cálculos físicos e matemáticos que era impossível existir televisor a cores, ou de um artigo publicado na revista "The WestingHouse Engineer" no final da década de 50 onde utilizando-se de todo o conhecimento adquirido até a época e com base em cálculos físicos e matemáticos, foi provado que um computador jamais superaria a impressionante marca de 1MHz de velocidade de processamento.
A verdade é que a verdade está em cada um de nós. Depende de nossas vivências, nosso conhecimento, experiência e bagagem. Cada pessoa possui sua própria verdade, e tudo aquilo em que uma pessoa acredita passa a ser a sua verdade. O que nós não podemos fazer é "parar" no tempo, nos fechar para outras possibilidades e idéias, pois o que hoje acreditamos ser o correto, pode ser provado amanhã o contrário. Na busca intelectual de fatos e verdades, devemos ser honestos com nós mesmos.
"A corrente de ferro da Verdade, que nós (homens) qualificamos de invariável, nos mantém cegos em um círculo vicioso. Tecnicamente pode-se ter razão nos fatos e, no entanto, estar-se eternamente equivocado na Verdade" (Operação cavalo de Tróia 3 - J.J.Benítez). Devemos parar de temer a Verdade. A Verdade é nossa amiga e nossa aliada. "O Homem permanece no recanto das trevas por medo que a luz da Verdade lhe faça ver coisas que desmoronariam as suas conjecturas" (OVNIs: S.O.S. à Humanidade - J.J.Benítez). Na busca intelectual de fatos e verdades, devemos ser honestos com nós mesmos.
"Devemos ter ciência que a Verdade não é propriedade de ninguém, de nenhuma raça. Nenhum indivíduo pode reclamar sua exclusividade. A Verdade é a natureza simples de todos os seres..." (Swami Vivekananda - Mestre Indu)

Resposta a: Pensando

Resposta referente ao texto, Pensando, escrito por Suzana.
http://76643-7.blogspot.com/2010/05/pensando.html

Inicialmente iria só postar nos comentários mas acabei escrevendo mais do que planejado e resolvi postar.

Texto muito bom e como de costume você acaba soltando umas frases que... mostram o quanto você sabe e não sabe que sabe.

Adorei essa:
"Coisas simples, muitos não param para perceber, mas quando querem parar para vê-las... Já passou... Como o vento."

As pessoas andam tão ocupadas, preocupadas, atrasadas, com pressa, stressadas... tão presas as "coisas" que o sistema impõem a elas que acabam esquecendo de prestar atenção no que é verdadeiramente importante e as coisas belas da vida.

"A arte nao existe, o que existe é o artista, é ele que ve arte em tudo."

Muitos não dão importância as coisas simples por considera-las banais ou sem importância, mas esquecem que os problemas grandes todos enxergam, ninguém nunca vai ser pego de surpresa por um problema grande, mas por problemas pequenos ninguém espera que vá gerar algo maior.
Assim como pro lado positivo também, as pessoas dão valor de mais a gestos grandiosos e esquecem que no final o mais importante não são momentos e sim o todo, a soma da "infinidade" de pequenos gestos que constrói uma vida, uma amizade verdadeira, uma família...

"Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizações"
Vincent Van Gogh

"Todas as coisas difíceis têm sua origem nas que são fáceis e as grandes nas que são pequenas" Lao-Tzu

domingo, 30 de maio de 2010

Pensando

Dia nublado, não há nuvens, apenas vento que nos trás um leve calafrio e lembranças.
Sentada no alto de minha casa na varanda, ouço uma daquelas músicas boas que nos trás uma nostalgia imensa.
Coloco meu capus e encosto na pilastra da varanda, olho as estrelas. O Céu está lindo e o tempo com um toque carinhoso lança um leve vento em meu rosto, me sinto meio que triste e aliviada, não sei decifrar o que sinto, só sei que sinto, e é maravilhoso.
Olho para baixo..., chega ser engraçado, vejo um homem colocando uma churrasqueira no canto de uma modorrenta esquina, consigo vêm acompanhado de vasilhas de carnes, palitos e queijos... Põe carvão, fogo e começa a colocar os espetinhos de carnes e queijos, com um singelo e puro sorriso, vira os espetinhos cantarolando e esfregando uma mão na outra, só vão um ou dois pessoas comprar um espetinho ele continua com o seu puro sorriso no rosto. É um homem comum, tentando ganhar algum dinheiro.
Perto daquela esquina, vejo um casal, um casal? Porque naquela modorrenta esquina? Sentados no paralelepípedo um olhando para outro com olhares de ternura e respeito, dividem um espetinho de carne, trocam carinhos e dão risadas... Abraçam-se por causa daquele carinhoso vento, se põem á olhar o céu.
Ai, ai quanta pureza e quanto amor... Volto para meu cantinho e olho para o escuro horizonte, luzes ao fundo, e lá no fundo uma estátua..., á observo atentamente, um homem de braços abertos? Não é um homem na estátua e sim, “O HOMEM”... O CRISTO, ao fundo, mesmo de longe junta á minha paz na dele.
Quanta beleza á minha volta, e eu nunca ás percebi. Tento segurar minhas puras lágrimas..., mas elas escorrem o meu frio rosto e ás sinto, com um grande aperto em meu peito.
Uma modorrenta esquina? Uma fria e esquecida varanda? Dia nublado, chato? Um homem engraçado? Um casal maluco? Um escuro e feio horizonte?
Penso... Dou risada... Retomo á minha simples e fria varanda ao alto de minha humilde casa... Encolho-me na pequena cadeira, fecho os olhos e volto á ignorar e apreciar as singelas coisas de um único lugar...
Meus pensamentos e minha paz... Às vezes os perco por um momento, mais o mais emocionante é encontrá-la.
Coisas simples, muitos não param para perceber, mas quando querem parar para vê-las... Já passou... Como o vento.
A modorrenta esquina, a fria e esquecida varanda, o dia nublado, o homem engraçado, o casal maluco e o escuro horizonte... Tornam-se coisas super importantes e fazemos de tudo para tentar vê essas coisas “simples”...
Coisas simples... Entretanto com muitas coisas bonitas escondidas, no simples sorriso, na simplicidade de uma pessoa e na bela e formosa natureza.
Fecho á porta, desligo minha música, entro feliz e vou descansar meu corpo, porque minha alma, já foi lavada e acolhida pelas simples coisas de um dia nublado, escuro horizonte, simplicidades e seus componentes...
Ás deixo lá fora para que outros passem á observá-la.
A lua fica, e o formoso céu de estrelas cativantes também... Eles brilham intessamete...
As coisas simples continuam... E eu... Fecho os olhos e sonho.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vinícius

Ontem uma amiga perguntou se eu conhecia o significado do meu nome. Falei que não e ela procurou pra mim e deu isso ai:

Vinícius

Significado: Que tem voz agradável, vinicultor, viticultor.
Origem: Latim
Numerologia deste nome: 7

Você é uma lucidez fora do comum, quando se trata de julgar o mundo e as pessoas.
E toda vez que abre a boca diz a coisa certa.
O problema é que vive com um pé no chão e outro na lua, ligando e desligando sua atenção com uma rapidez incrível.
Por, isso muitas vezes, parece estar nem ai com o que ocorre no mundo ou a sua volta.
Liberdade, para você, é a coisa mais importante do mundo e, por isso,costuma resolver sozinho seus problemas, sem pedir ajuda ou conselhos a ninguém.
Ordens? Você detesta, tanto dar quanto receber.
Só precisa aprender a controlar sua teimosia.

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Mesmo sem levar muita fé, devo admitir que essa descrição, apesar de muito simplista, condiz exatamente como eu sou.

As pessoas acham que sou distraído e que não presto muito atenção nas coisas ou que não dou muita importância. Bem, se você me conhece e acha isso, devo dizer que não me conhece verdadeiramente.
Posso dizer que existem pouquíssimas pessoas que me conhecem a fundo, no momento, acredito que existam duas pessoas e tem mais uma que está se esforçando pra conhecer.

O mais engraçado é que o tempo de convivência não quer dizer nada, meus pais que "convivem" comigo desde que sou um bebê e deveriam ser quem mais me conhecem, cada vez mais percebo que sabem menos.

Agora o que dizer de um relacionamento de pouco mais de um ano e a pessoa já se torna parte de você.
Ou de um relacionamento de 4 meses e a pessoa consegue lhe ler completamente só olhando nos seus olhos e pela sua expressão.
Ou até mesmo de um relacionamento de pouco mais de 2 semanas e você vê o completo interesse da pessoa em querer lhe conhecer melhor e uma total sinceridade na amizade.

Sei lá, tenho muitos amigos e colegas que conheço a anos e sabem muito pouco a meu respeito, outros ainda acham que eu sou a mesma pessoa que conheceram a anos atrás, não é porque eles estagnaram que os outros também vão ter estagnado com eles.

Só sei que nunca mudei tanto como nesses últimos 15 meses e quem me conhece, sabe o motivo.
Sou muito satisfeito com a pessoa que me tornei no momento, mesmo que daqui alguns anos olhe e não goste de quem sou agora, tenho consciência de que pra chagar lá daqui alguns anos foi necessário passar por quem sou hoje e sou muito grato a quem contribuiu verdadeiramente na formação do meu Eu do presente momento.

Quanto a liberdade, de fato é o que mais estimo. Até porque no meu ponto de vista, manipular alguém é você restringir o número de escolhas dela, diminuindo assim a sua liberdade de escolha ou até mesmo chegar ao ponto de deixar a pessoa sem escolha, tirando totalmente sua liberdade.
Pra mim, isso é manipular.

Quanto a ordens, também tenho que concordar que não gosto nem de receber nem de dar, acredito que as coisas deveriam ser feitas de bom grado. Como Nietzsche diz, pensamento e ações devem estar sempre coniventes, então se alguém fez algo pra você é porque ela realmente queria fazer aquilo, lhe ajudar naquele momento era a vontade da pessoa, ela não fez obrigada ou por alguma ordem, simplesmente fez porque essa era sua vontade.
Admito que como professor , em momentos que tenho que "mandar" e mostrar essa pseudo hierarquia na sala, não me sinto muito bem. O ideal é quando consigo manter um relacionamento amigável com a turma de forma que eu peça e eles fazem pelo respeito que tem pela minha pessoa como amigo e professor e não simplesmente pelo fato de "o professor manda na sala de aula".
Isso funciona muito bem com uma turma que tenho de idade maior, mas com os pequenos [sexto ano] fica complicado, tenho que arrumar outra estratégia com eles.
Na penúltima aula na pós meu professor disse: "Se eu entro num lugar e todo mundo obedece a uma pessoa ou todos me obedecem, tem algo errado ai. Não consigo me sentir bem num lugar como esse." e me identifiquei bastante com a frase.

Em fim, só pra terminar, sim, sou bem teimoso, melhorei bastante nesse último ano, mas ainda tem muito caminho pela frente, aos poucos estou aprendendo a ser mais tolerante com as pessoas.
As vezes as pessoas acham também que sou teimoso por insistir em mostrar minha opinião e não aceitar a delas, mas isso é teimosia da parte dela. Como disse no outro post a minha única intenção é que compreendam meu ponto de vista e não tenho intenção de ficar impondo ou nem muita esperança que mudem de opinião, tudo que quero é que compreendam e não que aceitem meus argumentos. Agora me esforço ao máximo para compreender os outro mas não espere que vá aceita-los por isso.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A contradição nas ações humanas

Primeiramente já é engraçado como as pessoas conseguem viver não tendo pensamento e ação coniventes. Pior ainda é quando nós percebemos pessoas com ações contrárias ao seu discurso, isso realmente é bizarro, até entendo que sendo assim é mais fácil, mas sei lá, prefiro ser odiado e ser Eu mesmo.

Já viram que normalmente quem prega que não existe verdade absoluta, que devemos estar abertos a novas ideias e aceitar a opinião das outras pessoas costumam ser as que menos estão suscetíveis a novas ideias ?
Eu já disse, aqui nesse blog, algumas de MINHAS verdades, elas funcionam pra MIM, agora se vai funcionar pra alguma outra pessoa já não é comigo, cabe a ela analisar as minhas ideias ver se serve ou não, se servir, analisar pra ver se é cabível algumas modificações ou se simplesmente faça com que mude em parte uma atitude sua que estava sendo tomada, se não servir ótimo, mas compreenda o que quero dizer e quem sabe não retire até bons argumentos para afirmar ainda mais a sua ideia.

Eu sempre escuto novas ideias, isso não quer dizer que vá aceita-las, existe uma GRANDE diferença entre aceitar e compreender/entender. Eu me esforço pra entender o porque daquela pessoa ter determinado pensamento, agora se vou concordar ou não, se vou adotar pra mim ou não, é um processo individual, só depende de você mesmo.

O problema de minha revolta é com as pessoas que simplesmente já tem uma postura tão rígida com suas ideias como se fossem verdades absolutas que quando você se esforça pra tentar mostrar o porque das suas atitudes elas acham que você está tentando "empurrar" suas ideias pra ela e por conta disso nem mesmo se esforçam pra tentar compreender e lhe julgam como se você estivesse afirmando categoricamente que você está certo e ela errada, quando na verdade ao fazer isso, a outra pessoa que esta se colocando nessa posição.

"Todo o carácter coerente consigo mesmo / tem sempre razão; perder / a razão é a única contradição" Fonte: "A Morte de Wallenstein" Autor: Schiller , Friedrich

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Humanos são como pombos



Sem mais, tirinha genial do www.osmonstrinhosdarua45.blogspot.com

Nem tem o que falar aqui, sociedade ta perdida mesmo, são tudo um "bando" [ou seria orda ?] de zumbis.
Como disse no outro post "Nem tudo que anda e come está vivo"

Viva o misantropismo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

" "Ser" Buda "sendo" o presente momento "

Uma coisa de cada vez, tudo ao seu tempo e todo tempo dedicado a uma coisa, a coisa certa pro momento.

É uma ideia simples, porem poucos fazem.
Alguns não conseguem simplesmente se concentrar, começam a fazer uma coisa, logo depois já estão pensando em outra completamente diferente.
Se ela estiver fazendo algo sozinha, não consegue nem fazer direito o que estava fazendo, nem planejar a outra tarefa com eficiência, se estiver em grupo prejudica o grupo inteiro interferindo na egrégora [ou coletivo de pensamentos se preferir] criada para resolver aquela atividade, não contribui com novas ideias e interrompe linhas de pensamentos por não estar concentrado.

A ideia é se concentrar ao máximo em uma única coisa de cada vez, procurar exatamente o que é o mais importante para você naquele exato momento. Você tem algum dever para resolver, alguma tarefa pro dia seguinte, se não, tem algo de produtivo que está adiando fazer/ler/ver, se está stressado tem algo que possa fazer para relaxar, em fim, o que é essencial para você no momento.

Muitos não tem disciplina e organização para poder se programar ao longo do dia, não sabem o que é necessário para elas mesmas.
A questão de disciplina aqui proposta não é de uma disciplina rígida, muito pelo contrario, é uma disciplina de conseguir fazer as atividades propostas por você mesmo, você tem que saber o que é o melhor pra você naquele momento, é uma questão de ter bom senso para saber que caminho tomar a todo instante, a vida não é rígida, ela nos da diversas situações a todo instante esperando uma decisão nossa, a todo momento ela nos testa e nos coloca em situações muitas vezes inusitadas, você tem que "dançar conforme a música".

Não importa o quanto simples seja a tarefa a ser executada, faça com dedicação, se concentre nela e somente nela, esqueça o resto do mundo a sua volta, esqueça as outras tarefas/problemas, acredito que as coisas se tornam muito mais produtivas dessa forma.

" Nem sei de quem é... mas esta é a perfeição.
"Ser" Buda "sendo" o presente momento.
Seja o que for o momento.
Seja fazendo uma missa, seja lavando louça... "

(trecho retirado de "perfeição da imperfeição" do site Saindo da Matrix)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Destino, Sincronicidades e Livre Arbítrio

Pensar na multiplicidade de escolhas torna o "destino" improvável. Enquanto a existência da sincronicidade de Jung, eventos com probabilidade contraria a sua própria existência ocorrendo, torna o "acaso" também improvável, talvez então, o que ocorra seja um intermediário entre os dois, mas não necessariamente esse intermediário é exatamente no meio do caminho, e nada quer dizer que ele não seja variável.
Ou então a própria sinconicidade faça com que as infinitas escolhas tendem ao mesmo caminho, contribuindo assim para a ideia de "destino".

No final das contas, sabemos [ou acreditamos] que temos livre arbítrio. Se você não acredita que tem então você provavelmente já enlouqueceu pensando nisso.

Se relacionar com a ideia de que ao nascer nós já temos pré disposições para certas áreas e habilidades, podemos dizer que temos uma parcela de "destino" nisso. Porem o que você irá fazer com suas habilidades e talentos já é por sua conta, isso, se você decidir seguir o caminho natural, quem sabe você não resolve tentar seguir um caminho que não é naturalmente sua área.

Em fim, o que eu acredito é que, temos sim algumas coisas em nossas vidas que foram pré vistas antes mesmo do nosso nascimento [destino], outras vão ocorrendo para nos guiar para o "melhor" caminho [sincronicidades] e você pode ignorar simplesmente tudo e fazer da sua vida o que você quiser [livre arbítrio], é questão de você perceber e querer seguir ou não os sinais, mas acredito que tem algumas coisas que dificilmente você conseguirá fugir.

" Se não conheço os mapas, escolho o imprevisto: qualquer sinal é um bom presságio." Lya Luft

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Alma gêmea

Certa vez me perguntaram se acreditava em alma gêmea.
Pra mim a ideia de alma gêmea é um conceito egoísta e possessivo. A ideia de "existe uma pessoa só pra mim".

Se existisse alma gêmea e a alma é pra sempre, então em todas as vidas seguintes deveríamos tender sempre a ficar com a mesma "pessoa" [no caso alma].
Porem se assim acontecesse, nós evoluiríamos menos ou nem evoluiríamos com o relacionamento.

Quando nos envolvemos com alguém o ideal é que a pessoa possua partes semelhantes a você e outras não, para que;
Em parte, suas qualidades seja os nosso defeitos, para assim ambos se ajudarem a aperfeiçoar melhorando seus defeitos e aperfeiçoando suas qualidades;
Que se tenha gosto em comum pra manter um laço, discutir e trocar ideias a respeito desses assuntos em comum;
Que se tenha também gostos diferentes, para que se deixe influenciar pelo parceiro para aprender, conhecer e até gostar de coisas novas;
As diferenças são exenciais para que não fique estagnado com apenas as suas ideias ja formuladas, apenas seus conceitos e que se tenham diferentes pontos de vista.

Aonde quero chegar, se você se relacionar sempre com a mesma alma em todos as suas vidas ambos tenderiam a se tornar cada vez mais parecidos e chegaria um momento que a companhia seria ineficiente.
Não que eles se tornem iguais mas não se teria nada de "novo" para que um acrescentasse ao outro, aonde são iguais não teria mais nada para se discutir e aprimorar e na área que são diferentes já estariam familiarizados com ambos os lados.

Se quer evoluir não será tendo em todas as vidas o mesmo parceiro, já que o seu parceiro será a pessoa que mais contribuirá no seu desenvolvimento.

sábado, 10 de abril de 2010

"Nem tudo que anda e come está vivo"

A modernidade enfraquece a vida, produz pessoas fracas, insatisfeitas consigo mesmas, porque não se reconhecem, não inventam seus valores, não se afirmam incondicionalmente, não enfrentam o risco de si próprias.

As pessoas não sabem mais viver, elas simplismente vivem mais ou menos, "pra que viver intensamente, é muito arriscado, se não der certo vou sofrer muito, prefiro continuar com minha vidinha mais ou menos que tá bom, já estou acostumado a viver assim, não quero mudar não, vai dar muito trabalho".

Costumo chamar essas pessoas de zumbis.
Zumbis lies. Zumbis don't change.

São seres egoístas, pensam no seu prazer em primeiro lugar, buscam sua satisfação física acima de tudo e todos.
Vivem em sua própria superfície, não procuram explorar seu próprio Eu, seu íntimo, não suportam nada, não tem razão de viver, procuram se anestesiar sempre, seja consumindo ou apenas sendo um telespectador da vida, não tem coragem de viver, se abstém de tomar decisões [sendo que o próprio fato de negar tomar uma decisão já é uma escolha e muitas das vezes, não é boa as consequências], tem medo de arriscar.
Ao invés de falar de ideias e coisas, simplismente falam de pessoas, gostam de se comparar com pessoas inferiores em algum aspecto para se sentir mais confortável e detestam quando um terceiro a compara com alguém, ninguém é igual a ninguém, pra que essa mania de comparar, cada um tem suas qualidades e defeitos, ninguém é perfeito [se fosse não estaríamos aqui nessa maldita prisão], deixe cada um viver do jeito que achar melhor, MAS VIVA, cada um tem suas verdades, um dos grandes objetivo da vida é encontra-las saber o que é que lhe satisfaz e criar seus valores, seus princípios, aquilo que lhe rege.

Sem inventar seus próprios valores e princípios, ficam subordinadas a valores pré estabelecidos, engarrafados, industrializados, divulgados a todo momento como se estivessem afirmando que você é incapaz de saber o que é melhor pra você, o pior é que você só confirma quando se abstém de fazer as escolhas e não se auto afirma.

"Aprenda a viver, descanse quando morrer. Tudo que você precisa está dentro de você."
(Tyler Durden; Clube da Luta)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Racional Vs Emocional

Eu li isso hoje e me fez pensar.

Virtude
No dicionário Houaiss: hábito adquirido ou tendência inata para as boas ações.
No aritotelismo é o comportamento que se caracteriza por buscar o equilíbrio, a justa medida na experiência dos afetos, em oposição a paixões extremas e descontroladas.


A segunda parte me pareceu muito com o caminho do meio. [e logo depois ele falava mesmo a respeito do caminho do meio]
O caminho do meio é composto de visão correta, pensamento correto, palavra correta, vida correta, esforço correto, intenção correta e meditação correta.

As pessoas as vezes acham que por ser racional nas suas ações você esta deixando de ser emocional. Não sei porque, mas parece que as pessoas dão mais valor as que são puramente emocionais do que as que são puramente racionais, como se a segunda fosse um monstro mas a primeira não o fosse.
Independente do lado que se esteja, como se pretende estár em equilíbrio se está só vendo um lado da moeda ?

Quando se é emocional apenas, tomamos atitudes extremas, tudo nos afeta muito [seja bom ou ruim a forma que afete], não tomamos decisões com sabedoria já que estamos de certa forma não completamente lúcidos, nos rendemos as paixões [que é um passo para virar vício].
Em contra ponto, quando se é racional apenas, nada nos afeta [seja bom ou ruim], tomamos decisões com sabedoria mas quem disse que essas sábias decisões é o que desejamos no nosso íntimo, não nos doamos a nada, o que nos impede de gostar verdadeiramente de uma paixão.

Longe de mim ter a presunção de dizer que estou em perfeito equilíbrio entre os dois, mas pelos menos eu sei que consigo vislumbrar os dois lados da moeda [não ao mesmo tempo (ainda)].
Eu utilizo a emoção como uma bússola, um guia, ela me diz o sentido correto, aponta para o melhor caminho para mim, o que meu Eu deseja de fato.
Feito isso, utilizo da razão para escolher qual o melhor caminho para se chegar aonde a bússola aponta.

Acredito que independente do caminho que escolha o importante é que as suas decisões sempre estejam dotadas de virtudes.
Isso retoma um pouco o texto anterior que postei. Desde que suas ações possuam as melhores intenções e sem ferir a liberdade de ninguém [não esquecendo da sua própria liberdade], não importa o que virá, você sabe que foi o melhor caminho.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Paz Profunda

As pessoas estão sempre querendo muitas coisas. Uma delas é paz.
Mas o que é a verdadeira paz ?
Pode ser paz com a família, no trabalho, no relacionamento, com os amigos, entre muitas outros tipos que são possíveis imaginar.
Mas acredito que todos esses tipos são apenas consequências de algo maior, a paz com você mesmo.
Como alguém pode tomar decisões centradas, imaginar o que fazer do seu presente, agir com quem está a sua volta, estudar... em fim, como alguém pode viver, se não estiver em paz consigo mesmo ?
O triste é que essa é muito difícil de ser conquistada, mas depois de atingida os benefícios são infinitos.

Cada um encontra a sua paz, a sua maneira, cada um tem as suas verdades. Uma das minhas é ter minhas ações e meus pensamentos sempre coniventes.
Acredito que dessa forma, respeitando e sendo sempre sincero com você mesmo, conseguimos respeitar e ser sincero com os outros.
"Amo-me a mim próprio demasiado para poder odiar seja o que for."
Jean Jacques Rousseau


Claro que apenas isso não basta, mas é um grande passo. Esse é apenas um dos fragmentos de um todo para que se esteja em harmonia com seu Eu.

Quando se está em paz com seu Eu, não importa o quão ruim seja a situação que o Universo lhe tenha imposto, tendo consciência de que foram suas ações que levaram a isso [pelo menos, na maior parte, elas são responsáveis], você ainda terá a tranquilidade de saber que as ações que o levou a tal foram as melhores possíveis e que você não teve que ir contra você mesmo para que fossem diferentes.
No fim, por mais que sejam ruins, se as atitudes são sempre sinceras, a longo prazo as coisas sempre se acertam ou levam a outras ainda melhores.

"É preciso movimentar. E não adianta fugir. A sombra estará ali, como ensina Jung. Tudo é movimento, como ensinam os hindus. É preciso esvaziar a taça para receber o novo. Ganha quem perde, tudo passa. Mas passa mais rápido para quem não se apega, para quem enfrenta - até um dia descobrir que apenas se enfrenta. Om Namah Shivaya"
(Tirado do site Saindo da Matrix)

Enfrente tudo que vier, saiba que coisas ruins acontecem, não adianta ir contra isso, aproveite cada momento para tirar proveito e evoluir a você mesmo com as experiências, não tenha medo de mudar, não tenha medo do novo, aproveite as oportunidades que a vida lhe dá. Se acabou de perder tudo, ótimo, acabou de ganhar uma oportunidade de recomeçar e fazer tudo ainda melhor, não adianta se lamentar por fatos acontecidos, simplesmente encare-os, aceite, e mude o que for necessário de acordo com o que aprendeu.

Quando se está em paz com seu Eu, dificílmente se terá uma "verdadeira tristeza" e essa é a maior paz que se pode ter.

"A tristeza pode sempre sobrevoar a sua cabeça, mas nunca a deixe fazer um ninho."
(Provérbio Chinês)