quinta-feira, 3 de março de 2011

Reencontro
A noite estava quieta. Nenhum rumor na rua deserta, apenas o meu fiel amigo que gritava feito louco dentro do meu peito. A proteção que o submetia era o meu vasto e preciso pensamento consciente, que o impossibilitava de se libertar. Era um verdadeiro duelo interior onde estava em jogo a coisa mais importante que cultivamos dentro de nós, o amor.                    
 O medo de pular de olhos abertos no vazio e enxergar a luz no fim do túnel, era tenebroso. O coração gritava e derretia-se de desejo pela grande aventura de se libertar. Já a razão descobria prós e contras para a criação da insegurança. Acelerava-se o coração, a cabeça latejava e o meu verdadeiro “eu”, não estava ali ainda. A corrida para a resposta estava cada vez mais acirrada e o duelo dos protetores do “eu” estava doloroso.
Tentava unir os dois pensamentos para só assim, achar-me.                Naquela rua deserta estava eu, sentada na singela escadinha da minha casa, olhando para a rua, entretanto pensando como encontrar-me. Um vento carinhoso passa em meu rosto, fecho os olhos rapidamente e encontro a minha alma. Ela está lá, pensativa e calma Assistindo o desfecho duelo.  Derrepente tudo se apaga eu abro os olhos e o vazio sorri para mim.                                                                                              
Todo aquele amor afagante fazia com que toda vez que pensasse nele encontrasse o meu “eu”. Eu estava lá. Composta de amor, razão, coração e insegurança.                            
O questionamento e a proteção do meu bem preciso, fazia com que ao perder o meu “eu”, encontra-se o céu, o amor e a minha alma.
                              

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