Hoje, eu e mais 2 amigos, estávamos a conversar e comentei sobre a seguinte situação.
Tenho um aluno de EJA [Ensino de Jovens e Adultos], que não consegue entender questões simples, que não dependem de conteúdo nenhum, apenas vivência.
Problemas do tipo, fulaninho tem tanto, gastou tanto, ficou com? Mesmo sendo adulto e ter vivência de troco e tudo mais, esse aluno não soube responder, apesar de que se eu passasse apenas a conta, seria resolvida sem problemas.
Cheguei a conclusão que ele não consegue entender o que está lendo, apesar de saber ler e escrever.
Foi então que um deles comentou a seguinte situação.
Estava ele na sala de aula, quando a professora chegou e contou uma história. No final da história, ela diz, é agora que a turma se divide em dois grupos, dos que ao longo da história imaginaram os personagens, a roupa, o cenário, que "criaram" os personagens, e os que simplesmente não passaram de palavras... é essa barreira que vocês tem que quebrar.
Achei brilhante, genial, como algo tão simples e nunca pude reparar. É óbvio que não adianta eles lerem e/ou copiarem um texto, um problema, uma explicação, se eles não passarem de palavras.
Para um texto ou fala ser bem compreendido é necessário que haja uma boa interpretação e que maneira melhor de se interpretar que construindo todo o cenário na sua mente.
Isso tem que ser passado para os alunos, enquanto eles não conseguirem transformar essas palavras em um "novo mundo" dentro de seus pensamentos, pouco significado terá o seu aprendizado, mas essa transformação só pode ser feito por eles, pode até ser praticado e incentivado pelo professor, mas "Não posso ensinar a falar a quem não se esforça por falar." Confúcio